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Coleus e suas folhas-flores
Se assim for, algo semelhante poderia ser escrito para as folhas do Coleus…
Não são flores. Nem veludo tampouco. Do lado de cá da ponte, o mundo das formas conta uma verdade que nos parece bem menos convincente.
(*) Veja: Um novo mundo, Tolle, Eckhart.
Hibiscus e os escravos do tempo
Por muitas, apenas desviava daquele galho que pendia sobre a calçada que, pensava, deveria ser de pedestre. Muito menores foram aquelas em que reconhecia a flor e pensava: é uma “graxa”, coisa comum onde quer que se vá.
Vivemos os dias em que só as “anormalidades” parecem desviar nossa atenção, somente elas são capazes de roubar uns instantes de nosso precioso tempo, tempo escasso e urgente, do qual viramos escravos.
Os escravos do tempo costumam sofrer também de cegueira. E outros tantos males, devo admitir. Mas somente quem tiver olhos de enxergar esse laço invisível que lhe toma as rédeas poderá, talvez, vislumbrar através das frestas de uma cegueira inventada.
Quantas vezes já passei por aqui. Isso até está parecendo que é outro lugar…
Flor do frio
Quem é você, Flor do frio?
Porque ainda te aquece
E assim te sustenta,
A mesma mão que, por tantas,
Nem as folhas lhes poupa?
Será uma graça
Pela beleza que ostentas
Não conseguir retirar
A profunda humildade do teu olhar?
Quem é você, Flor do frio?
Que paira suspensa no ar,
Com jeito de estrela,
Vermelha.
Será que teu segredo
É ter abraçado seus tons frios
Por vibrantes cores quentes?
Olhando você
A alma se aquece,
O frio se esconde,
O tempo congela.